domingo, 3 de julho de 2011

Avaliação Escolar

  Na prática escolar o ato de avaliar permanece de modo geral na busca do resultado em informações quantitativas e precisas, a partir das quais são atribuídas classificações aos alunos ou tomadas decisões unilaterais sobre suas competências, seus conhecimentos, suas possibilidades de continuar ou não aprendendo.



O valor da aprendizagem traduz-se, por meio de uma nota ou conceito e, em grande parte, a  avaliação corresponde a uma prática para estimular e controlar o aluno. Por meio dela a escola seleciona, hierarquiza e regula sua conduta.



FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO ESCOLAR
A avaliação como parte integrante do processo de Ensino - Aprendizagem, apresenta três funções:


1 - Função Diagnóstica 
Tem por finalidade realizar uma sondagem de conhecimentos e experiências já disponíveis no aluno, bem como a existência de pré - requisitos necessários à aquisição de um novo saber. Permite ainda identificar progressos e dificuldades de alunos e professores diante do objetivo proposto.

2 - Função Formativa 
Tem por finalidade proporcionar o feedback ( retroalimentação ) para o professor e para o aluno, durante o desenvolvimento do processo ensino - aprendizagem . Propicia aos envolvidos ( professor / aluno ) no processo ensino - aprendizagem, a correção de falhas, esclarecimentos de dúvidas e estímulo a continuação do trabalho para alcance do objetivo. Proporciona também ao docente informações sobre o desenvolvimento do trabalho , adequação de métodos e materiais , comunicação com o aluno e adequabilidade da linguagem ( ESTRATÉGIAS ) .

3 - Função Somativa 
Tem o propósito de oferecer subsídios para o registro das informações relativas ao desempenho do aluno . Considerando que a função somativa da avaliação visa proporcionar uma medida que poderá ser expressa em uma nota ou conceito sobre o desempenho do aluno , entendemos que a mesma acontecerá ao final de cada unidade de ensino ou ao final de cada bimestre ou ainda no final do ano letivo, por ocasião do Conselho de Classe , visto que esta avaliação é que proporcionará um diálogo mais objetivo entre os professores. 
A Avaliação Somativa contemplará em seu interior também , tudo aquilo que foi visualizado na função diagnóstica e formativa. Portanto, é preciso que fique bem claro que provas , testes , trabalhos e pesquisas são instrumentos utilizados na avaliação para colher informações e estabelecer medidas não podendo ser identificados como PROCESSO DE AVALIAÇÃO. Aconselhamos até que o docente utilize durante o processo de avaliação, nas suas diversas funções , instrumentos diferentes , porque existem alunos que apresentam uma maior dificuldade com este ou aquele instrumento.
(fonte: http://www.gestaouniversitaria.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=75:avaliacao-escolar&catid=20:18&Itemid=21)


Marcada pela solidão e incerteza a que expõe os alunos, a sistemática da avaliação escolar encontra-se adoecida. Isso tem contribuído para gerar distorções em aspectos básicos da educação escolar dos alunos, tais como a perda da vontade de aprender e de estar na escola e uma relação deturpada com o conhecimento e um uso desestimulante de suas inteligências. Tais situações podem estar relacionadas ao desinteresse pela escola e certamente contribuem para o sentimento de fracasso que ronda o ensino e a aprendizagem.
A proposta de avaliação deve, portanto, ultrapassar esse modelo, evitando que as distorções apontadas permaneçam e, mesmo, impedir que ocorram. Tarefa complexa, a avaliação exige do professor e da escola a lembrança de que têm em mãos um ser humano em formação, com seus sonhos e desejos que necessitam ser transformados em projetos pessoais que possam ser realizados. Certamente não cabe apenas e essencialmente à escola a realização de tais projetos, mas não há dúvidas de que a instituição escolar pode compartilhar deles, incentivá-los ou impedir que desistam de seus anseios.



A concepção de avaliação desta proposta pedagógica:  Para se pensar a avaliação escolar, seu processo e atores, é importante saber que muitas são as forças que interferem diretamente no processo de avaliar. Algumas delas são: a forma como pensamos a inteligência, a concepção de conhecimento que temos, a relação da escola com a família, as condições de trabalho do professor, e a didática que ele utiliza.






MAIS:


Estratégias de Ensino


O ensino é caracterizado pelo desafio permanente dos profissionais da educação em estabelecer relações de aprendizagem, de modo que o conhecimento seja articulado e que os métodos utilizados cumpram os objetivos a que se propõem.
A maneira pela qual o professor fundamenta suas atividades de aprendizado é determinante para que os alunos realmente aprendam.
Nesse processo, inúmeras tendências educacionais existiram e foram utilizadas pelos educadores afim de dar fundamento ao processo de ensino. 

Ensino Tradicional: método de ensino embasado em uma psicologia tipicamente iluminista. Tendência tradicional de educação, entendendo que a Didática deve estar voltada para a divulgação dos conteúdos de ensino, com fim em si mesmo. Nesta tendência, o centro do processo ensino-aprendizagem é o professor, que assume uma postura autoritária e privilegia a exposição oral sobre qualquer outro procedimento de ensino. Nessa tendência, está embasada na transmissão cultural, concebendo o aluno como um ser passivo, atribuindo um caráter dogmático aos conteúdos de ensino e percebendo o professor como figura principal do processo ensino-aprendizagem. Na avaliação do aprendizado utilizam-se provas e argüições, apenas para classificar o aluno.



Ensino proposto por Paulo Freire: O Método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador Paulo Freire, que criticava o sistema tradicional, o qual utilizada a cartilha como ferramenta central da didática para o ensino da leitura e da escrita. As cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha. Por exemplo: Eva viu a uva; O boi baba; A ave voa.
O processo proposto por Paulo Freire inicia-se pelo levantamento do universo vocabular dos alunos. Através de conversas informais, o educador observa os vocábulos mais usados pelos alunos e a comunidade, e assim seleciona as palavras que servirão de base para as lições. Depois de composto o universo das palavras geradoras, apresenta-se elas em cartaz com imagens. Então, inicia-se uma discussão para significá-las na realidade daquela turma.

“É exatamente a vida, que aguçando a nossa curiosidade, nos leva ao conhecimento.” (Paulo Freire)



Ensino Cosntrutivista: baseado na teoria desenvolvida por Jean Piaget (1896-1980). O seu estudo é principalmente centrado em compreender como o aprendiz passa de um estado de menor conhecimento a outro de maior conhecimento, o que está intimamente relacionado com o desenvolvimento pessoal do indivíduo. Na teoria piagetiana, o sujeito (aluno) é um ser ativo que estabelece relação de troca com o meio-objeto (físico, pessoa, conhecimento) num sistema de relações vivenciadas e significativas, uma vez que este é resultado de ações do indivíduo sobre o meio em que vive, adquirindo significação ao ser humano. o aluno está no centro do processo de ensino. o professor deve expor os alunos em situação de acordo com seus contextos e instigá-los a buscar vivências e conhecimento com base nessas experiências.